“Disse eu da
minha parte: Senhor, compadece-te de mim, sara a minha alma, pois pequei contra
Ti”. Salmos 41:4
Todo pecado é uma ofensa contra Deus. Usamos de nossa liberdade de maneira inadequada, praticando aquilo que julgamos ser lícito, mas na verdade não nos convém. Podemos até pensar que tais práticas não são nocivas, porém, elas são daninhas à alma do homem: pouco a pouco sua energia é sugada e a vida obscurecida. A vaidade deste mundo atrai o nosso coração, mas este mesmo coração é enganoso, cujas vontades foram corrompidas pela sedução do pecado. Aquilo que julgamos indispensável na verdade é desnecessário, inútil e não produz nenhum resultado duradouro e agradável, antes, nos conduz a um ciclo vicioso, um ciclo que corrói a alma e afasta o homem de Deus e dos Seus caminhos. O reconhecimento deste estado pecaminoso é fruto do Espírito Santo, pois o homem não pode por si mesmo chegar à conclusão de que ele está morto em seus pecados e delitos. Pela graça de Deus os olhos dos homens são abertos e, então, passam a enxergar sua real situação e o quão distante estão do caminho da vida. A insensibilidade do coração é removida e a partir daí reconhecemos nossos pecados e buscamos a restauração em Deus.
“Disse eu da minha parte: Senhor, compadece-te de mim, sara a minha alma, pois pequei contra Ti” (Sl 41:4).
Este é o clamor de uma alma que foi despertada; em primeiro lugar, ela clama por misericórdia: “Compadece-te de mim”; em segundo lugar, ela reconhece o estado triste de sua alma e pede por restauração: “sara a minha alma”; e por último, ela confessa com seus lábios que o pecado contra Deus foi a causa de tamanha destruição (o pecado gera a morte): “pois pequei contra Ti”. A confissão abre portas para a restauração que vem de Deus: “É Ele quem perdoa todas as tuas iniquidades, quem sara todas as tuas enfermidades [...] quem te supre de todo o bem, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia” (Sl 103:3,5). Quando confessamos nossos pecados ao Senhor, reconhecendo que somos carentes da Sua graça e nos humilhamos diante de Seu Filho Jesus nós somos perdoados e restaurados. Primeiramente ocorre o perdão, trazendo paz ao espírito do homem: “paz com Deus” (Rm 5:1). Em seguida ocorre a cura da alma, conforme a promessa registrada no Sl 147:3: “[Ele] sara os quebrantados de coração e cura-lhes as feridas”. No entanto, a completude desta cura é realizada em etapas, é um processo gradativo em que o coração desperto se submete ao Espírito Santo, proporcionando uma restauração de dentro para fora. Quanto mais rápido assimilarmos os ensinamentos de Deus mais rápido será o processo. Geralmente o homem tem uma tendência a se opor a essas mudanças, mas devemos vencer essa oposição interna criada por nós mesmos e apossarmos de uma nova mentalidade e exercermos uma nova conduta (Ver Rm 12:2). Às vezes entramos em desespero quando olhamos para dentro de nós: muitas corrupções ainda precisam ser vencidas, novos hábitos precisam entrar em vigor. O processo é assustador e sombrio. Entretanto, devemos confiar em Deus e nas Suas promessas; promessas estas que podem aplacar o medo do coração desperto da sua realidade pecaminosa; promessas que levam nossos olhos para a infinita misericórdia de Deus, pois se olharmos para nós mesmos cairemos.
“E os purificarei de toda a iniquidade do seu pecado contra mim; e perdoarei todas as suas iniquidades com que pecaram e transgrediram contra mim” (Jr 33:8);
“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro” (Is 43:25);
“Pois saciarei a alma cansada e fartarei toda a alma desfalecida” (Jr 31:25).
Amém!
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