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Devocional para meditação (Nº 74)

A bênção do Senhor é a base da verdadeira riqueza, pois não traz tristezas e preocupações”. Provérbios 10:22 [A Bíblia Anotada (versão Almeida Revista e Atualizada).]

A doutrina do mundo nos diz: “quanto mais você possuir mais feliz você será”; entretanto, ao observarmos as experiências das pessoas famosas e “prósperas” nos deparamos com o contrário: quanto mais posses as pessoas possuem, mais infelizes elas são, pois, suas preocupações lhes atormentam constantemente, mal conseguem dormir de noite, receosas de que seus bens sejam perdidos. Vemos pessoas que tem tudo, mas seu coração é triste; seus olhos revelam o vazio interior – vazio este que a matéria física não pode preencher. Não estamos dizendo que é pecado trabalhar, estudar, se esforçar para conquistar uma vida estável, mas o erro surge quando colocamos uma ênfase demasiada nas coisas materiais e nos esquecemos do mais importante: a comunhão com Deus. Quando invertemos essa ordem as consequências são catastróficas. Quando colocamos algo ou alguém acima de Deus as frustrações e as decepções são inevitáveis: vivemos cercados de tristezas e preocupações.

 A verdadeira riqueza encontramos em Deus; Suas dádivas e bênçãos são capazes de trazer paz e alegria ao coração mais aflito: “A bênção do Senhor é a base da verdadeira riqueza, pois não traz tristezas e preocupações” (Pv 10:22). Uma alma próspera e cheia de Deus é capaz de lidar com todos os desafios da vida sem entrar em desespero, pois sua mente e seu coração estão firmados no Senhor. A confiança abre portas para a paz que excede todo o entendimento (Ver Is 26:3 e Fp 4:7). A paz, a alegria, o contentamento, a esperança, são dádivas mais valiosas do que todos os tesouros perecíveis deste mundo. C. H. Spurgeon escreveu em um de seus sermões: “... o cristão é o mais feliz dos homens pela simples razão de que suas alegrias não dependem das circunstâncias” [Sermão: “Infelizes de nós, ó terra, se tu fosses tudo, e nada além” (C. H. Spurgeon).]. Mas como um homem pode chegar a este nível de maturidade? Através das bênçãos de Deus. Muitos homens da Bíblia passaram por situações críticas e extremas no início de seus ministérios: (1) Moisés se sentiu inseguro diante da missão que recebera de Deus para tirar o povo do Egito; (2) Josué sentiu uma grande pressão no início de seu ministério, pois ele teria que dar continuidade à missão de Moisés, fazendo o povo finalmente entrar em Canaã; (3) Jeremias se viu totalmente incapaz de cumprir o papel de profeta, visto que ainda era bem jovem e inseguro; (4) Gideão se escondeu, sem qualquer perspectiva de sobreviver diante da ameaça dos inimigos de seu povo; (5) e Jabez, um homem cujo nome significava “dor”, não enxergava nada além de barreiras e limitações. Todos estes homens tiveram que lidar com suas fraquezas, mas em todos estes casos vemos a providência de Deus lhes fortalecendo e lhes capacitando para suas jornadas. Na fraqueza deles Deus se mostrou suficiente. No caso de Jabez, ele orou ao Senhor pedindo que aquela situação aparentemente irreversível fosse mudada; ele suplicou pela bênção do Senhor; ele entendeu que sem Deus nada poderia fazer.

Apesar de suas poucas perspectivas, Jabez descobriu uma saída. Ele cresceu ouvindo sobre o Deus de Israel que havia libertado seus ancestrais da escravidão, que os resgatara de poderosos inimigos e os colocara numa terra de fartura. Já adulto, Jabez acreditava e confiava piamente neste Deus de milagres e novos começos. Então, por que não pedir um? Foi o que Jabez fez. Orou e formulou o maior e mais inimaginável pedido: “Oh! Que me abençoes” (1 Cr 4:10). [Trecho do livro: A oração de Jabez (Bruce Wilkinson).].

Ao abordar a oração de Jabez, Bruce Wilkinson também acrescenta: “Abençoar, no sentido bíblico, significa pedir ou conceder um favor sobrenatural. Ao clamarmos pela bênção de Deus, não estamos pedindo aquilo que poderíamos conseguir com nosso próprio esforço”. Esta consideração é totalmente ligada ao princípio de que sem Jesus nada podemos fazer (Ver Jo 15:5), logo, ao clamarmos por Sua bênção, estamos pedindo que Seu poder opere através de nossos esforços imperfeitos. Assim ocorreu com Moisés, Josué, Jeremias, Gideão e Jabez; o poder de Deus deu-lhes aptidão para cumprir suas tarefas apesar das suas dificuldades e limitações. Nestas histórias observamos claramente aquilo que o apóstolo Paulo ensinou aos coríntios: que o poder de Deus se aperfeiçoa nas nossas fraquezas (2 Co 12:9).  O que devemos fazer é pedir ao Senhor, suplicar a Sua bênção, assim como Jabez o fez: “Oh! Que me abençoes”. Uma oração simples que pode mudar o rumo de nossa história. Todavia, podemos não receber tudo aquilo que esperamos; se porventura houver em nosso coração alguma motivação errada, não seremos atendidos: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites” (Tg 4:3). A bênção do Senhor não deve ser vista como um pretexto para recebermos tudo aquilo que julgamos ser necessário; ela está muito acima do plano terreno. Devemos priorizar as bênçãos espirituais, suplicar por elas todos os dias. As bênçãos terrenas são secundárias e elas nos serão acrescentadas de acordo com as nossas reais necessidades. O versículo estudado neste dia se refere principalmente aos Tesouros Eternos concedidos por Deus, mediante Sua graça, o qual temos acesso ilimitado em Jesus. Tais dádivas não trazem tristezas nem preocupações, mas uma plenitude de alma. Que neste momento façamos a seguinte oração:

Ó, Jesus, a bênção do Senhor não é definida pelas coisas externas, mas sim pelas internas e espirituais. Ajuda-nos a desfrutá-las e contemplá-las todos os dias com um coração grato e humilde. Abra nossos olhos para que possamos ver os novos horizontes que o Senhor tem colocado diante de nós. Em nome de Jesus. Amém!”.


by Jesus, W.

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