“Compadece-te de
mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em Ti se refugia a minha alma; à sombra
das Tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades”. Salmos 57:1
Da realeza para a caverna – assim foi com Davi; um jovem prodígio, que venceu o gigante Golias, que ocupou uma elevada posição na frente do exército de Israel, que tinha habilidades no pastoreio de ovelhas e na música. Davi era um jovem muito especial e isso chamou a atenção de Saul, até então rei de Israel. Pela inveja, Saul buscava sempre ocasião para matá-lo. Foram inúmeras tentativas, mas todas frustradas, porque Deus tinha um propósito maior na vida do pequeno Davi. De sua elevada posição na corte, ele se vê obrigado a fugir de Saul. A palavra “caverna” lhe era bem familiar, pois ali encontrava abrigo do furioso rei enciumado. Das profundezas escuras e frias da caverna Davi clama ao Senhor; Ele era o único capaz de ajudá-lo nesta causa dramática e aparentemente irreversível.
Nas nossas dificuldades e aflições podemos clamar a Deus; Seu auxílio está disponível. Sigamos o exemplo de Davi e clamemos junto com ele na “caverna de Adulão” (Ver 1 Sm 22:1): “Compadece-te de mim, ó Deus, compadece-te de mim, pois em Ti se refugia a minha alma; à sombra das Tuas asas me refugiarei, até que passem as calamidades”. (Sl 57:1).
Da mesma forma que Davi era exaustivamente perseguido por Saul nós também somos atribulados pelos “Sauls” de nosso tempo. Cada um de nós reconhece a fúria de Saul em certo sentido peculiar, exclusivo. Davi era perseguido pela inveja e orgulho do monarca de Israel. O mundo e seu governo pode ser visto como um dos nossos Sauls, nos oprimindo por sua soberba e avareza. Temos também o inimigo de nossas almas, que trabalha insistentemente para que nos escondamos nas cavernas, de modo que abandonemos a fé e percamos a força de lutar. Pode ser também algum problema emocional ou físico que te leva às profundas cavernas da alma. Independentemente de qual problema seja, o Senhor é fiel e está atento às nossas súplicas de desespero. O dia da angústia vem, mas o livramento também; dos altos céus o Senhor envia o Seu auxílio. Sua bondade e fidelidade nos levam a exultar:
“Quão preciosa é, ó Deus, a Tua benignidade! Os filhos dos homens se refugiam à sombra das Tuas asas” (Sl 36:7).
Quando Elias enfrentou sua caverna Deus perguntou a ele: “Que fazes aqui Elias?” (1 Rs 19:13). Elias havia fugido por causa das ameaças de Jezabel; Davi havia fugido por causa da instabilidade de Saul. O que te levou à “caverna de Adulão”?. Ouça neste dia a voz do Senhor: “Então, o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho” (1 Rs 19:15).
Em termos práticos essa instrução do Senhor pode soar como: “volte à luta”,
“volte a sonhar”, “vença o medo e olhe apenas para Mim”. Seja qual for o seu
“Saul”, o confronto será inevitável; a caverna de Adulão será a opção mais
próxima; mas não se esqueça de olhar para o Senhor
com a mesma fé e disposição que o coração de Davi tinha apesar de suas
turbulentas crises:
“Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa” (Sl 57:2).
Busquemos ao Senhor mesmo nos dias enfurecidos de Saul. À sombra das asas do Altíssimo estaremos seguros e protegidos; seremos nutridos por Sua graça e amor infinitos. Ao sair da caverna o louvor brotará em seus lábios:
“Louvar-te-ei, Senhor, entre os povos; cantar-te-ei louvores entre as nações. Pois a Tua benignidade é grande até os céus, e a Tua verdade até as nuvens. Sê exaltado, ó Deus, acima dos céus; e seja a Tua glória sobre toda a terra” (Sl 57:9-11).
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