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Devocional para meditação (Nº 59)

Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Gênesis 1:27

No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1:1). Em seis dias todas as coisas foram estabelecidas por Deus. No quadro abaixo apresentamos as etapas da criação. Observam-se dois blocos de três etapas: no primeiro bloco Deus criou todos os elementos de suporte para a vida (céu, terra, mar, vegetação); no segundo bloco Ele preencheu estes elementos dando vida e significado a todas as coisas. Vemos também que estes dois blocos seguem a mesma sequência.

Deus cuidadosamente planejou cada detalhe da terra para que a vida humana fosse possível [“Deus não só criou o homem, mas providenciou-lhe tudo aquilo que precisava para sobreviver” (R. N. Champlin).]. Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Esta imagem e semelhança não se refere a uma forma física, pois Deus é Espírito e não está preso a tempo e espaço, mas refere-se aos atributos morais, à inteligência, à capacidade de raciocinar e aos sentimentos. Todas estas características são inerentes a Deus e Ele fez o homem dotado com estes traços na personalidade. “Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1:27). Deus criou o homem e a mulher com inteligência, emoções e sentimentos puros e verdadeiros. Ele formou o homem do pó da terra e soprou o fôlego da vida em suas narinas, tornando-se alma vivente (Gn 2:7). Todas as demais coisas foram criadas pelo poder da palavra de Deus, mas no tocante ao homem Ele o moldou da terra; como um oleiro dá forma ao barro assim Ele formou o homem. “E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto” (Gn 1:31).

A comunhão entre o Deus e o homem era plena, mas a partir de um ato de desobediência surgiu uma barreira de separação. O inimigo (na figura de uma serpente) lançou uma mentira no coração da mulher e do homem, fazendo com que eles desobedecessem a Deus; eles comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, que Deus lhes havia proibido (Gn 2:16-17). Muitos podem questionar o motivo pelo qual esta árvore existia no jardim do Éden. Por que Deus colocou aquela árvore ali? Esta pergunta tem intrigado muitos teólogos e estudiosos. Deus criou o homem com o livre-arbítrio (direito de escolher), mas até então ele não havia usufruído desta liberdade para fazer suas próprias escolhas. Neste sentido, esta árvore era um meio pelo qual o homem poderia exercer sua capacidade de escolha. Deus não criou um robô, mas um ser livre. Movido então pelo orgulho e confrontado com a proposta da serpente, Adão e Eva fizeram uma escolha errada: então o pecado veio à esfera humana, revelando ao homem e a mulher a sua nudez – representando a perda do estado de perfeita inocência e pureza. Movidos pela culpa e pela vergonha eles se esconderam de Deus entre as árvores do jardim (Gn 3:7-8).

Mas clamou o Senhor Deus ao homem e perguntou-lhe: Onde estás?” (Gn 3:9).

Deus é conhecedor de todas as coisas e já sabia do erro que o casal havia cometido, mas mesmo assim, Ele na sua infinita graça e amor foi ao encontro deles. As consequências não foram evitadas (eles foram expulsos do jardim do Éden para que não tivessem acesso à árvore da vida [A árvore da vida pode ser entendida como uma figura de Jesus, o verdadeiro pão que desceu do céu. Jesus é o pão da vida (Ver Jo 6:33,35,48,51a-b).] e porventura alcançassem a imortalidade em estado pecaminoso – Ver Gn 3:22-24), mas Deus queria restabelecer a comunhão que fora quebrada. Este fato mostra que Deus ama o pecador e deseja resgatá-lo. Deus fez então túnicas de peles para cobrir a nudez do homem gerada pela sua desobediência. “E o Senhor fez túnicas de peles para Adão e sua mulher e os vestiu” (Gn 3:21). O homem por si só não pode se salvar, todos os esforços para esconder a culpa e a vergonha são insuficientes; os aventais de folhas que Adão e Eva fizeram para si de nada valeram (Gn 3:7). Entretanto, Deus providenciou o caminho para a salvação. As túnicas de peles que Deus fez para cobri-los já simbolizam o sacrifício substitutivo de Jesus na cruz [(1) “O homem caiu, mas Deus não o abandonou [...]. A missão de Cristo no mundo teve por finalidade reverter todos os vestígios da queda”. (2) “A Bíblia começa com o paraíso perdido, no livro de Gênesis. Mas vai prosseguindo até o Apocalipse, onde vemos que o paraíso é reconquistado. Ali vemos aquela grande cidade, a Nova Jerusalém, que descia do céu (Ap 21:10). Naquele lugar futuro haverá outra árvore da vida, da qual todos os habitantes poderão participar gratuitamente (Ap 22:2)” (R.N. Champlin). (3) “A árvore da vida reaparece no final das Escrituras, onde o livro de Apocalipse descreve o novo céu e a nova terra, que Deus reservou para nós. Nesse novo mundo, haverá outro paraíso, com uma árvore cujos frutos geram vida, nas quais serão dadas a todo aquele que crê (Ap 22:2). Trata-se de uma jornada em forma de ciclo completo para chegar-se à vida que Deus vinha oferecendo ao longo de todo o percurso”. Comentários de Bill Bright de Gn 3:22-23 (Bíblia de Estudo Esquematizada, Barueri, SP).].

Jesus é o caminho, a verdade e a vida; através dEle podemos voltar para Deus; por Seu intermédio nosso relacionamento outrora interrompido pelo pecado é refeito sob uma nova aliança – o sangue de Jesus derramado na cruz.

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16).

Dos primórdios relatados em Gênesis até os dias de hoje Deus deseja que o homem perdido volte para Ele, assim como o filho pródigo voltou arrependido para os braços do pai (Ver Lc 15:11-24). Corramos, pois, para os pés de Jesus, pois Ele é quem nos liga ao Pai. Amém!

by Jesus, W.

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