“Não te lembres dos pecados da minha mocidade, nem das minhas transgressões; mas, segundo a Tua misericórdia, lembra-te de mim, pela Tua bondade, ó Senhor”. Salmos 25:7
“Aquele que não tem pecado que lhe atire a primeira pedra”, disse Jesus aos judeus que queriam condenar uma mulher por causa de seu pecado (Jo 8:7). Muitas vezes cometemos o erro de julgar o pecado do próximo e esquecemos que também pecamos. Mas o que é o pecado? Tudo aquilo que fazemos que não glorifica a Deus. O pecado ocorre quando o homem, movido por sua própria vontade, faz aquilo que lhe apraz, sem levar em consideração o que Deus pensa a respeito. Deus criou o homem e a mulher perfeitos, puros, e havia um relacionamento genuíno entre criatura e Criador. Infelizmente, o homem deixou se levar pela sedução do orgulho, onde o inimigo lhe apresentou uma proposta que “faria com que ele [o homem] se tornasse igual a Deus”, caso desobedecesse à ordem do Senhor e comesse do fruto proibido (Gn 3:1-6). Vemos nesta passagem que Adão e Eva deixaram de ouvir a voz do Senhor para fazer aquilo que lhes parecia ser de direito. Por esta decisão errada a morte e o mal entrou no mundo, que até então vivia em perfeita harmonia. [Muitas pessoas negam e questionam a existência de Deus em função da presença e da existência do mal no mundo. Mas, os que defendem esta tese, na verdade estão tentando isentar o homem de suas próprias responsabilidades, oriundas do livre arbítrio (direito de escolha) que lhe foi concedido por Deus. Tudo que Deus criou foi para o bem do homem. O mau uso da liberdade do homem que se tornou a causa de todos os males]. Não era essa a vontade de Deus para o homem. Deus o criou para que vivesse em comunhão com Ele para sempre, mas por causa do pecado a morte veio a todos os homens: “porque o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23a). Todavia, a história não acaba aqui. Deus na Sua infinita graça e amor, providenciou um caminho para a reconciliação. Este caminho é Jesus (Jo 14:6). Jesus veio para restabelecer a ponte entre os homens pecadores e o Deus santo. Através desta ponte nós podemos nos achegar a Deus e vivermos para sempre na Sua maravilhosa presença: “mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus” (Rm 6:23b).
Amados amigos e irmãos, Deus deseja restaurar a comunhão que fora quebrada no jardim do Éden, e somos convidados a reatar nosso relacionamento com o Senhor por intermédio de Jesus, Seu Filho amado. É notável, porém, frisar que “em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (At 4:12).
Bom, até aqui apresentamos a queda do homem por causa do seu pecado e o caminho proposto por Deus para a salvação da humanidade. O homem caiu, mas Deus o amou ao ponto de entregar Seu próprio Filho para vencer a morte em nosso lugar (Jo 3:16). Isso não quer dizer que não morreremos, mas se trata da segunda morte, que é a separação eterna da presença de Deus. Pela fé em Cristo Jesus temos a certeza da vida eterna, e esta é a vontade de Deus, que vivamos para sempre com Ele no reino já estabelecido antes da fundação do mundo. O que devemos fazer então? Crer em Jesus de todo o nosso coração. Arrependermos de nossos pecados e os confessarmos a Jesus, pois Ele é fiel para nos perdoar (1 Jo 1:9). No Salmo 25:7, Davi expressa seu arrependimento ao confessar a Deus seus pecados, mesmo àqueles mais desprezíveis e imundos. Davi também se apoiou na misericórdia e na bondade de Deus: “mas, segundo a Tua misericórdia, lembra-te de mim, pela Tua bondade, ó Senhor” (Salmos 25:7b). Em Is 43:25, Deus diz: “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro”. Em Is 44:22, Ele também declara: “Apaguei as tuas transgressões como a névoa e os teus pecados, como a nuvem; torna-te para mim, porque Eu te remi”. Nestas passagens vemos a promessa que Deus faz àqueles que confessam seus pecados e se arrependem verdadeiramente. Enquanto vivermos neste mundo estaremos sujeitos a cair e pecar, por isso devemos recorrer a Jesus todos os dias para que Ele nos auxilie no processo de santificação – que pode ser entendido como “a morte para as coisas velhas” e “o nascimento para as coisas novas que vem de Deus”.
Certa vez ouvi uma pessoa dizer que o homem não é muito criativo quanto ao pecado, ou seja, caímos geralmente em torno de um ponto central, que foi impregnado em nosso coração pela astúcia do inimigo. Com o tempo, este ponto pode se tornar uma fortaleza que nos prende em um ciclo interminável de fracasso e destruição. Os pecados da mocidade, declarados por Davi, eram fortalezas do mal que abatiam sua alma, mas pela confiança em Deus, ele venceu seu passado de derrota e foi vitorioso em inúmeras batalhas. Tudo isso só foi possível por causa da graça e do amor de Deus. Davi reconheceu Deus em todos os seus caminhos e sua vida nunca mais foi a mesma (Ler Pv 3:5-6).
“Ó Senhor, como somos pequenos e falhos! Dependemos de Ti todos os dias. Colocamos nossas vidas em Tuas mãos, sabendo que apenas de Ti vem nossa libertação e nossa salvação. Em nome de Jesus, assim oramos, Amém”!
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