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Devocional para meditação (Nº 15)

Bem sei eu que tudo podes e que nenhum dos Teus propósitos pode ser impedido”. Jó 42:2

Todos conhecem a história de Jó: um homem temente a Deus; zeloso e fiel; íntegro e reto (Jó 1:1). Em certo momento de sua vida, inúmeras tribulações se levantaram: Jó perdeu tudo o que tinha e ainda ficou gravemente enfermo. Seus amigos tentaram consolá-lo, mas pioraram a situação; em vez de apoiarem a Jó, pronunciaram vários discursos que o condenavam, na tentativa de justificar tantas calamidades que o cercavam. Estes amigos questionaram a integridade de Jó de forma bem dura. Do outro lado, Jó sofria profundamente e buscava compreender a causa de tantos males. Muitos falam da “paciência de Jó” [A expressão paciência de Jó pode ser entendida como “perseverança durante a provação” (Ver Tg 1:12), e não uma paciência propriamente dita], mas lendo suas respostas vemos que ele não demonstrava tanta paciência assim: chegou até a amaldiçoar o dia de seu nascimento. Mas notemos que em momento algum ele blasfemou contra Deus. Ele não compreendia porque Deus havia permitido tudo aquilo, e como homem, fez vários questionamentos em busca de respostas. É natural em tempos difíceis questionarmos as coisas e entrarmos em desespero por não entender a razão de certas circunstâncias.

Depois da longa conversa de Jó e seus amigos, Deus aparece a Jó em um redemoinho e faz a ele várias perguntas (Jó 38:1 – 40:2). Jó ficou sem respostas, preferiu se calar (Jó 40:3-5). Deus ensinou a Jó que todas as coisas estavam no Seu controle: o mundo, a natureza, animais, etc.; e que pela Sua sabedoria todas elas foram criadas. Jó então se arrependeu e reconheceu que nada foge do controle de Deus, que nenhum dos Teus propósitos pode ser impedido. Jó percebeu que toda essa experiência assustadora o fez conhecer melhor a Deus, ele disse: “Com os ouvidos eu ouvira falar de Ti, mas agora Te vêem os meus olhos” (Jó 42:5).

Na nossa vida podemos passar por situações semelhantes: somos cercados por gigantes e pelas tempestades. Não compreendemos as coisas e pensamos que Deus nos abandonou. Mas Deus na Sua infinita sabedoria usa essas adversidades para que O conheçamos melhor. Um fato bem notável sobre os homens é que aprendemos mais através das dificuldades do que qualquer outra coisa. Deus usa tanto os momentos bons como os ruins para nos ensinar preciosas lições. Deve ter sido uma experiência muito impactante para Jó, onde o próprio Deus se apresentou diante dele, lhe fazendo uma série de perguntas impossíveis de serem respondidas. Com isso aprendemos que devemos ter cuidado com nossos questionamentos, pois se por um instante Deus se apresentasse bem diante de nós para fazer tais perguntas, também ficaríamos mudos, sem reação. Todos são afligidos em alguma área, todos vivem sua própria “experiência de Jó” [Essa experiência é individual. Os amigos e os familiares não podem compreender o que se passa no seu interior, por mais que eles tentem te ajudar sempre ficará uma lacuna a ser preenchida. Essa experiência é entre você e Deus, somente Ele pode te oferecer auxílio e força para vencer este deserto, este vale ou as tempestades que atingiram seu barco. Recorramos, pois a Ele, para que sejamos conduzidos em segurança até o porto desejado (Ver Sl 107:28-30)].

Que aprendamos a confiar em Deus, entregando aquilo que nos aflige em Suas mãos, pois Ele sabe e conhece nosso caminho. Com essas experiências seremos purificados e aperfeiçoados (Jó 23:10). Podemos não entender tudo hoje, mas chegará o dia em que diremos: “todas estas coisas cooperaram para meu próprio bem” (Ver Rm 8:28). Os pensamentos de Deus são bem mais altos do que os nossos (Is 55:9) e os Seus planos não podem ser frustrados (Jó 42:2b). “Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Fp 2:13). Nossa visão das coisas é limitada, por isso confiemos inteiramente nAquele que tudo vê, que tudo sabe e que tudo pode.

Oh, Senhor, cria em nós essa disposição perfeita para com Tua vontade, pois somente chegaremos ao porto desejado se o Senhor for o nosso guia. Em nome de Jesus, Amém”.

by Jesus, W.

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