“Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei da terra dos egípcios, para que não fôsseis seus escravos; e quebreis os canzis do vosso jugo e vos fiz andar erguidos”. Levítico 26:13
No Antigo Testamento Deus libertou o povo de Israel do cativeiro egípcio. Este povo viveu quatrocentos e trinta anos no Egito (Ex 12:40-42), e durante este período, viveram debaixo de um pesado jugo de escravidão, mas Deus levantou Moisés para iniciar o processo de libertação do povo, e assim o fez. Deus compadeceu de Seu povo e enviou um libertador para conduzi-lo à Terra Prometida. Esta história do povo de Israel não nos parece familiar? Certamente que sim! O Antigo Testamento é uma antecipação do que aconteceria no Novo Testamento. Da mesma forma que Deus operou a libertação de Israel naquele período tão distante, Ele opera e continua operando libertação de cativos nos dias de hoje. “Mas libertação do quê?”; você pode perguntar. Do jugo escravizador do pecado. O Egito representa o período em que o homem vive preso em suas próprias vontades pecaminosas, muitas vezes, escravizado por tradições humanas, falsos conceitos; distante de Deus e sem forças para se erguer. O desejo de Deus é libertar os cativos e restaurar a comunhão que foi quebrada pelo pecado do homem. O Egito oprime o homem, suga todas as suas forças e energias, consome a alma e enfraquece o coração. Todos nós passamos por essas terras egípcias e, movidos pelo engano do pecado somos algemados e escravizados. Vendo a situação lamentável em que vivíamos, Deus enviou um Libertador para resgatar a humanidade caída e acorrentada por Faraó e seu governo opressor. Assim como Moisés foi enviado para libertar Israel das mãos de Faraó, Jesus foi enviado a este mundo para libertar o homem do pecado e dar-lhe liberdade. Por meio de Jesus somos libertos do jugo do pecado. No entanto, devemos permanecer firmes diante da liberdade que nos foi concedida (Gl 5:1). Durante a peregrinação pelo deserto, o povo de Israel começou a sentir falta das coisas que possuíam no Egito; isso comprometeu seriamente sua jornada. A saudade das coisas velhas nos impede de recebermos as novas; a saudades do passado compromete nosso presente e adia as promessas de Deus. Somos constantemente tentados a julgar o povo de Israel: “nossa! Que povo teimoso, rebelde; sempre voltam aos mesmos erros!”; mas a realidade é que agimos da mesma forma, ou até pior. A misericórdia de Deus é que nos tem preservado, da mesma forma que Ele muitas vezes perdoou as falhas de Seu povo.
“Oh, Senhor, como falhamos diante de Ti ao olharmos para o Egito e desejarmos aquelas coisas velhas que nos escravizavam. Cria em nós um coração firme que não se desvia da Tua luz”. Devemos orar a todo instante pedindo auxílio de Deus por meio de Jesus. Se dependermos de nós mesmos, falharemos miseravelmente. Somente com a ajuda de Jesus conseguiremos andar erguidos, olhando apenas para frente. Devemos estar mais vigilantes do que nunca e nos apossarmos da armadura de Deus (Ef 6:10-18). Devemos fazer o que está ao nosso alcance, e o que não podemos fazer devemos colocar nas mãos de Jesus. Durante nossa peregrinação pelos desertos da vida seremos tentados a todo instante. Que nossos olhos estejam voltados para o Senhor Jesus, pois Ele é fiel para aperfeiçoar a obra que um dia Ele começou em cada um de nós (Fp 1:6). Que dependamos única e exclusivamente na força que vem dEle, pois sem Ele nada podemos fazer (Jo 15:5). A viagem pelo deserto até a Terra Prometida é difícil e cheia de obstáculos, mas devemos confiar na grande promessa que Jesus nos garante na Sua Palavra e que foi escrita por intermédio do apóstolo Paulo: “o qual também nos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia do nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1:8). Amém!
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